Marina Silva foi questionada pela imprensa sobre as alterações feitas no plano de governo do PSB sobre os direitos civis dos homossexuais. A mudança do plano irritou a comunidade gay e levantou a polêmica de que o partido voltou atrás por pressão do pastor Silas Malafaia.
Ao se defender, a presidenciável negou que cedeu a qualquer pressão e reafirmou que o texto divulgado primeiramente não tinha passado pela revisão final.
“Na verdade nós tivemos dois problemas no programa. Um em relação à questão nuclear, que era da parte Ciência e Tecnologia, uma questão que não havia sido acordada com Eduardo. Na parte LGBT, o texto que foi para redação foi a parte apresentada pelos movimentos sociais. Todos os movimentos sociais apresentaram propostas e se contemplou tanto quanto possível as propostas.”
Por não ter sido acordado entre os movimentos sociais e o partido, os trechos como a aprovação do PLC 122/2006, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a entrega do material sobre diversidade sexual em escolas foram retirados do documento.
“O texto que foi publicado não é o que havia sido acordado. O que fizemos foi apenas retornar ao texto da mediação, da mesma forma que aconteceu na questão nuclear. Os próprios coordenadores fizeram a revisão”, disse Marina Silva.
A candidata do PSB foi muito criticada pela mudança no texto. Do lado dos progressistas a crítica se dá por sua religião. Já do lado dos evangélicos, as desconfianças vêm por esse compromisso em apoiar causas que vão contra suas crenças.
Malafaia chegou a questionar no Twitter se quando eleita Marina vai se deixar levar pelas ideologias do partido ou por sua fé, que deve nortear toda a vida do cristão, se refletindo no trabalho, na escola e onde ele estiver.
Questionada pela imprensa, Marina voltou a falar na defesa do Estado laico dizendo que sua posição religiosa não irá interferir no seu trabalho. “Independentemente de qualquer coisa, nosso compromisso é com o Estado laico com respeito a liberdades religiosas. Estado laico para defender interesse de quem crê e de quem não crê, independente de cor, orientação sexual ou religião”.
Fonte:Gospel Prime
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