sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Porque Não Pode Haver Axé Gospel?


No ritual original do Candomblé (toque, festa), há duas partes: a preparação, que começa uma semana antes de cada festa, com muita gente na casa lavando, passando, cozinhando, limpando e enfeitando. Quando você entra no barracão e vê as bandeirinhas no teto da cor do Orixá que está sendo homenageado, alguém teve que comprar, cortar e colar as bandeirinhas e colocá-las no lugar para que o barracão fique bonito. Durante a semana diversas obrigações são feitas, de acordo com a determinação do jogo de búzios, animais são sacrificados a ExúsEguns e aos Orixás homenageados (revigorando o Axé). Os animais tem que ser limpos e preparados por alguém, pois será servido uma parte (Axé) para os Orixás e outra parte para todos os presentes na festa. Na "parte pública" que é a festa, os filhos-de-santo (iniciados) dançam e entram em transe com seu Orixá. O babalorixá evoca cantigas que lembram os feitos do Orixá e este executa uma dança simbólica recordando seus atributos. A cerimônia termina com um banquete onde será distribuído o Axé em forma de alimento entre todos os presentes.
A manutenção da oralidade em algumas religiões afro-brasileiras é fundamental. Mesmo fazendo uso da escrita ela não poderá ser abandonada, uma vez que o Axé também é transmitido através da palavra, do hálito e da saliva, portanto o silêncio nas casas de candomblé e outras religiões afro-brasileiras é imprescindível, a palavra tem força dinâmica, dependendo do momento que for pronunciada a palavra pode ter a força sagrada ampliada de mobilização.

Origem Wikipédia.

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